Embarquei no dia 03 de abril com
destino á Kathmandu com meus companheiros e amigos Carlos Santalena e Eduardo
Sartor Filho, ambos sócios da empresa Grade6 onde trabalho como guia/instrutor
de montanhismo e escalada. Iríamos guiar um grupo de 12 brasileiros com
roteiros distintos no Himalaia, alguns iriam até ao Acampamento Base do Everest
(5.350 mts), outros iriam escalar o Island Peak (6.189 mts) e um cliente
tentaria o cume (8.848 mts) junto com Carlos.
Nossa jornada se inicia em
Guarulhos onde voamos até Doha no Qatar, esse vôo tem duração de
aproximadamente 14 longas horas, de lá pegamos outro vôo para Kathmandu, a
capital do Nepal. Contando todas as horas entre vôos e tempo de espera em
aeroportos a viagem contabiliza aproximadamente 25 horas, uma imensa jornada
para alcançarmos o continente Asiático!
|
Coca Cola no aeroporto de Doha |
Chegar em Kathmandu é um choque
cultural, o trânsito é caótico, as religiões são totalmente diferentes dos
padrões que estamos acostumados no Brasil, o clima é seco, mas era muito bom
finalmente estar no Nepal. A ideia era ficar alguns dias em Kathmandu,
recepcionar os clientes e embarcar em um vôo interno para Lukla no dia 08. Nos
hospedamos no bairro do Thamel, um grande centro comercial, com ruas estreitas
e a loucura de sempre. No primeiro dia do roteiro visitamos o principal templo
hinduísta e budista no Nepal, á tarde passamos nas lojas de montanha para
acertar o resto do equipamento de nossa viagem.
|
|
Acordamos bem cedo no outro dia,
por volta das 04:00 da manhã, tomamos um breve café da manhã e fomos para o
Aeroporto, nosso destino era a pequena pista de pouso em Lukla (2.840 mts), esse
vôo tem duração de 45 minutos. Depois de uma turbulência sinistra chegamos ao
nosso destino. No mesmo dia caminhamos por 3 horas até atingir o vilarejo de
Phakding (2680 mts), lá descansamos e dormimos essa noite.
|
Pista de pouso do Aeroporto de Lukla |
|
Phakding |
Na manhã do dia seguinte um belo
café da manhã ao som do Rio Dudh Kosi, que significa “rio de leite” por causa
de sua aparência esbranquiçada, partimos para Namche Bazaar (3.440 mts) a
capital Sherpa. Essa trilha possui subidas e pontes tibetanas que realçam cada
vez mais a beleza e relevo do local. Foi exatamente nessa trilha que eu comecei
a sentir a energia que esse trekking tem, não é algo que consiga descrever em
palavras, mas você se sente ‘’abençoado’’ por poder estar naquele lugar tão
belo e imponente ao mesmo tempo. O povo Sherpa tem um encanto próprio, nunca
estão de cara fechada, sempre te recebem com muita generosidade e felicidade,
temos muito o que aprender com eles...
Após 5h de subida chegamos em
Namche, a vista é realmente impressionante, uma verdade ‘’cidade’’ construída
na encosta de uma montanha, se tornando o maior centro comercial e
administrativo de todo o vale do Khumbu. Em Namche dormimos 2 noites, sendo que
no segundo dia vamos até Syanboche (3.800 mts) para uma melhor adaptação do
nosso corpo à altitude, é de lá que temos a primeira vista do Everest, não da
montanha toda, mas apenas um ponta negra que se sobressai com sua ‘’fumaça’’
sempre no topo.
|
Chá com vista para o Ama Dablan e Everst |
|
Everest á esquerda |
|
Zoom no teto do mundo |
|
Ama Dablan |
De Namche partimos para Tengboche
(3.867 mts), lá está o maior monastério budista do Khumbu, um lugar realmente
mágico, todos tem a oportunidade de assistir uma cerimônia com os monges. Deste
ponto a temporada já se mostrava bem nevada, em todos os dias nevava no final
da tarde até de noite! Uma dica é comer um doce de maçã na famosa Bakery de
Tengboche, simplesmente maravilhoso. Pernoitamos em Tengboche e logo cedo fomos
para Pangboche (4.000 mts) visitar o Lama Geshe, um dos mais importantes monges
budistas do Nepal, o obejtivo era receber uma benção para iniciarmos nossa
jornada nas montanhas. A maioria das expedições que almejam o cume passam por
esse Lama, sua casa é tomada por fotos de cume com uma carta escrita por ele
nas mãos dos escaladores. Devidamente abençoados e com nossas Khatas (pedaço de
seda que envolve o pescoço, serve para dar boa sorte) partimos para nosso
destino do dia: Pheriche (4.200 mts). Este novo vilarejo se mostra totalmente
diferente de Tengboche, um fica em cima de uma montanha e Pheriche fica em uma
longa planície. No programa temos 2 noites também, subimos um pedaço de uma
montanha chamada Nargajum Peak com mais de cinco mil metros, chegamos até 4.800
e descemos, isso serve como um dia de aclimatação, tendo em vista que dormimos
a 4.200 mts.
|
Templo em Tengboche |
|
Pheriche |
|
Abençoados em Pangboche |
|
Tengboche |
Depois de dois dias em Pheriche
partimos para Lobuche (4.900 mts), todas as caminhadas não são fáceis, quem já
esteve em altitude sabe que qualquer subida pode se tornar um obstáculo, depois
dos 5.000 metros então as coisas se agravam. Todos os participantes chegaram
bem cansados em Lobuche, uma devida noite de sono e no outro dia partiríamos
para o Everest Base Camp (EBC) . Nosso plano era sair bem cedo, almoçamos em
Gorak Shep (5.100 mts) e logo partimos para o EBC, depois de horas caminhando
com o glaciar do Khumbu á nossa direita, finalmente conseguimos avistar o ‘’fim
da linha’’, digo isso pois para passar do outro lado do vale (China) apenas
subindo uma montanha de 7.000 metros, sendo assim, a trilha realmente acaba no
EBC.
Ao chegar no marco do EBC a
emoção toma conta de todos, ter a oportunidade de estar lá é algo único, com
uma nova logística, nosso planos mudaram de dormir 2 noites em Gorak Shep para
2 noites no EBC, claro que todos adoraram! Para se ter ideia da imensidão do EBC,
do marco (entrada) até nosso acampamento caminhamos por volta de 40 minutos! A
estrutura das expedições é algo difícil de se acreditar, internet, padaria,
camas e aquecedores á gás são só alguns exemplos. Até esse momento conhecemos
os 4 principais sherpas de nossa expedição: Joshi (líder), Jangbu Sherpa, Wanda
Sherpa e Tsering
Sherpa. Ao chegar à nosso acampamento conhecemos o resto da equipe, composta
por sherpas, auxilares e cozinheiros. A hospitalidade e disposição desse povo
realmente me impressionou, eles não sabem o que fazer para te deixar mais
comfortável e feliz, algo muito difícil de encontrar nos dias de hoje.
Como disse anteriormente nosso
plano era passar duas noites no EBC e realmente dormir lá é um privilégio, em
sua grande maioria, os trekkers não dormem lá, apenas chegam ao marco e voltam
para Gorak Shep. Nosso grupo teve essa oportunidade, acompanhar o ínicio de uma
expedição á maior montanha do mundo é espetacular, o Everest que em nepalês é
chamado de Sagarmatha (rosto do céu) e em tibetano Chomolangma ou Qomolangma
(mãe do universo). Dormir no EBC é simplesmente alucinante, além de ouvir
avalanches caindo o tempo todo, o gelo em que dormimos em cima trinca e estala
durante a noite, misturando uma sensação de medo com excitação. Nesses dois
dias me conectei muito com os sherpas, além de dar atenção para nossos
clientes, a todo momento eu visitava a barraca cozinha para passar mais tempo
com esse maravilhoso povo, todos se chamam de Dhai (irmão mais velho) e Bhai
(irmão mais novo). E realmente eles nos tratam como irmãos, todos ficavam repetindo
que tínhamos a mesma profissão (Guia de montanha/Escalada) sem a arrogância de
serem melhores ou piores que nós Brasileiros, um exemplo de companheirismo.
Andar pelo EBC também se torna
uma tarefa árdua e bela para os trekkers, a extensão do Glaciar do Khumbu é de
encher os olhos. Nosso cardápio era farto e suculento, contando com comidas
frescas e nossos tradicionais chás. Após esses maravilhosos dias voltamos para
Lobuche e dormimos lá.
|
Lobuche com Nuptse ao fundo. |
|
Marco do Everest Base Camp |
|
Nuptse e Everest ao fundo |
|
Admirado com a imensidão do Everest |
|
Café da manhã no Everest Base Camp |
|
Everest Base Camp |
Com uma boa noite de sono,
acordamos no outro dia para uma das piores manhãs de minha vida, estava tomando
meu café da manhã com os clientes quando ouvi um boato de avalanche. Logo que
sai para o lado de fora do lodge vi todos nossos sherpas reunidos e apreensivos
com o rádio, rapidamente perguntei para o Carlos e o Eduardo o que estava
acontecendo. Prontamente eles me responderam com os olhos marejados que havia
caído uma avalanche imensa entre o acampamento base e um, aparentemente haviam
13 desaparecidos mas ninguém afirmava a
morte. Esse trecho conhecido como Cascata do Khumbu é de longe a parte mais
perigosa da escalada ao Monte Everest, além de blocos soltos que variam de
tamanhos, avalanches são comuns em determinados horários do dia. Escadas de
alumínio amarradas uma nas outras, cordas fixas e gretas que parecem infinitas
fazem parte desse ambiente que amedronta a maioria dos escaladores.
Com essa notícia minha primeira
reação foi avisar minha famíla, em todas as expedições da Grade6 contamos com
um telefone via satélite garantindo assim mais segurança em nossas viagens,
liguei rapidamente para minha mãe e esposa já soluçando e tentando não chorar,
o que acabou acontecendo... Minha grande preocupação era o que a mídia iria
divulgar, exemplo: ‘’ Avalanche cai no Everest e mata 16 pessoas’’. Com uma
trágica notícia dessa qualquer pessoa se desespera, mesmo sabendo que o
familiar não esteja escalando o Everest.
Com a família avisada era hora de
conversar com clientes, avisamos á todos que uma avalanche havia caído há
poucas horas e que 13 sherpas (até aquele momento) estavam desaparecidos, isso
nos obrigou a esperar por algumas horas em Lobuche afim de recebermos mais
notícias pelo rádio. Alguns minutos depois foi confirmada a morte de 3 sherpas
de nossa expedição, 2 guias e um cozinheiro que seguiam para montar o Campo 1.
Foi nesse momento que todos se desesperaram e caíram em prantos, a tristeza
tomou conta de Lobuche... Eu, Carlos e Eduardo já estávamos chorando há muito
tempo, pois para uma avalanche pegar 13 sherpas pequena é que não foi. Até esse
momento todos os sherpas se mostraram fortes e não deixaram cair uma lágrima,
mas com a confirmação de 3 sherpas de sua equipe ninguém resistiu, uma manhã
que luto para esquecer... Fiquei extremamente emocionado, eu tinha conhecido
aqueles sherpas e convivido com eles por apenas 2 dias, mas o sentimento de
irmandade e cumplicidade era enorme, afinal de contas eram todos meus Dhais
(irmãos mais velhos). Confesso que olhar aqueles sherpas chorando
desesperadamente foi agoniante, os homens mais fortes das montanhas totalmente
devastados...
Todos nossos planos mudaram,
Carlos subiu com seu cliente de volta para o Base Camp com mais 3 sherpas, o
que era minha vontade, voltar ao base camp e ajudar os sherpas... nem que seja
servindo chá ou prestando os primeiros socorros, minha vontade era subir... Mas
essa não era a realidade, eu tinha um grupo de 4 pessoas que dependiam do meu
trabalho, ainda tínhamos mais 8 dias pela frente para cruzar o Vale do Khumbu e
chegar até o Vale de Gokyo. Claro que o dever falou mais alto e descemos até
Dzongla (4.845 mts), não consegui pronunciar muitas palavras na trilha, estava
realmente fragilizado... Chegando ao nosso destino me desculpei com meus
clientes por esse comportamento pois todos contavam comigo e eu realmente não
estava bem. Acordamos na madrugada do nosso 13º dia nas montanhas para tentar
cruzar o Cho La Pass (5420 mts) mas infelizmente na casa do 5100 metros uma das
clientes passou mal e tivemos que abortar nossa tentativa, descemos no mesmo
dia para Pheriche. Levei essa cliente ao posto médico e logo estávamos no
Lodge, com acesso à internet era hora de mandar notícias para o Brasil, foi
nesse momento que fiquei sabendo que o número de mortos chegara á 16, todos
sherpas, nenhum estrangeiro...
|
Cholatse ao fundo |
De Pheriche descemos para Namche
onde aguardamos alguns dias para o que o grupo do Eduardo nos encontrasse e
desceríamos todos juntos até Lukla para finalmente voltar para Kathmandu. Com
alguns dias em Namche realmente me apaixonei pelo lugar e fiz algumas amizades
que pretendo preservar futuramente. Depois de alguns dias o grupo do Eduardo
retornou do Island Peak e se juntou conosco em Namche, até esse momento a
Expedição guiada pelo Carlos Santalena estava sem rumo, pois o sherpas fizeram
uma reivindicação por melhores condições e direitos ao governo Nepalês.
Finalmente descemos de Namche
para Lukla depois de 16 dias no Himalaia, o plano era voar no dia seguinte, dia
25 de abril. No último dia fizemos uma grande celebração em Lukla, além de ser
aniversário do Eduardo, já virou um ritual todos pagarmos uma bela refeição aos
nossos bravos carregadores... Quando perguntamos o que eles gostariam de comer,
todos esperando uma resposta como hambúrguer, pizza ou qualquer outra comida
ocidental. Fomos surpreendidos com a escolha: Dalbat (comida típica Nepalesa,
composta por arroz e lentilha) e como acompanhamento um Chicken Curry (ensopado
de frango com curry), tudo muito apimentado. Outro fato que marcou nossa noite
foi todos comerem no Nepali Style, isso porque eles não usam talheres e assim
foi a maioria dos clientes aderiu a ideia e tivemos um dos melhores jantares de
toda trilha, juntos!
|
Pub em Namche |
Acordamos bem cedo no dia 25 e
fomos para o aeroporto, teria que enfrentar novamente o temido vôo de Lukla.
Entrei no pequeno avião com capacidade para 13 pessoas e seguimos viagem, a
volta foi bem mais tranquila que a ida, sem maiores turbulências. Depois de 45
minutos de vôo aterrisamos no caos de Kathmandu mais uma vez, nos hospedamos em
nosso tradicional hotel e fomos descansar para mais tarde irmos ás compras.
Nesse mesmo dia recebemos a notícia que todas as expedições comerciais haviam
sido canceladas, na verdade o ministro do Nepal foi até o EBC e disse que os
sherpas poderiam escolher em trabalhar ou não trabalhar nesta temporada, todos
se recusaram, algum ocidental subiria em estilo alpino? Acho que não....
No dia 26 acordei tarde e fui
tomar café, ao terminar minha refeição o Carlos entra pela saguão do hotel, com
cara de cansado me disse que tinha voado do EBC direto para Kathmandu,
finalmente estávamos os 3 juntos novamente. Após 2 dias em Kathmandu embarcamos
no dia 28 para nosso vôo até Doha e de lá São Paulo. Depois de praticamente 1
mês no Nepal consegui finalmente abraçar meus familiares, esposa e amigos, foi
de longe uma viagem onde vivemos as emoções de 1 ano em 30 dias. Para quem
quiser mais informações para realizar o trekking acesse:
www.grade6viagens.com.br
Conclusão
Uma tragédia como essa nos ensina
muita coisa, nos deixa apreensivo, com medo, mas principalmente nos deixa mais
fortes. Volto do Himalaia um novo homem, com novos aprendizados, mais
experiente e principalmente muito mais humilde. Essa foi a grande lição que
tive dos sherpas, eles não se auto-intitulam heróis, pelo contrário são pessoas
simples por quem realmente adquiri um respeito enorme.
Por que tantos sherpas morreram?
Existem alguns fatores que
levaram à esse triste fim, a primeira foi a quebra de uma das escadas da
Cascata do Khumbu, fazendo com os sherpas se afunilassem. Segunda, pelo que foi
comentado usaram a mesma rota do ano passado, passando pelo lado esquerdo da
cascata, o ideal é sempre ir pelo meio evitando assim a parte mais perigosa
desse imenso ‘’corredor’’ vertical. Terceiro, avalanches são comuns nesse
trecho da Cascata, mas sempre em horários mais quentes, como meio dia, essa
avalanche acabou caindo ás 6:40 da manhã, surpreendendo á todos.
Quanto vale a vida de um Sherpa?
Logo após a tragédia um americano
escreveu um texto com essa pergunta, e realmente quanto vale? O governo do
Nepal ofereceu inicialmente uma quantia de 400 dólares para cada família que
teve seu sherpa morto, esse foi o grande motivo da paralisação sherpa, 400
dólares? Cada escalador paga um pérmit (permissão para escalar) de
aproximadamente 10.000 dólares, isso multiplicado por 500 escaladores que era a
média desse ano....
Até que ponto uma pessoa que
tenta o Everest é realmente um escalador? Não estou aqui para julgar ninguém,
mas criou-se um ‘’estilo de escalada’’ no himalaia onde sem os sherpas ninguém
escala. Mas porque? Seria falta de capacidade dos escaladores? Depedência
extrema dos sherpas? Mas imagine só se todas as expedições fossem em estilo
alpino, o que seria do trabalho sherpa?
Cada um tem sua opnião e crença,
todos os anos as polêmicas em cima do Everest tomam os jornais e sites de
montanhismo. No McKinley por exemplo você é obrigado a carregar seu
equipamento, montar sua barraca, derreter neve, etc... No extremo oposto temos
o Everest, que conta com carregadores, 1 sherpa para cada escalador, cordas
fixas, cozinheiros, etc... São várias os relatos de ‘’escaladores’’ que foram á
maior montanha do mundo e não sabiam conectar o ascensor na corda, sherpas
esquentando sacos de dormir, levando comida na barraca, passando a cascata de
helipóctero, etc.... Qual seria a solução? Dividir o risco com os escaladores
que pagaram pela expedição? Fazer com que todos ajudem a montar os acampamentos
altos juntos, carregando peso também? Teria de existir um critério técnico para
escalar o Everest, exemplo, fazer um 8000 antes?
Todas essas perguntas dividem
opniões e novamente não estou aqui para questionar um estilo. O que vi e vivi é
que a vida de um sherpa não tem preço, aliás a de nenhum ser vivo. Vi também
muita falta de humanismo, falta de sensibilidade... Morreram 16 sherpas? E daí,
quero subir, quero meu cume! Tenho plena convicção que não são os escaladores
que sobem as montanhas, e sim as montanhas que permitem ser subidas, e esse ano
o Everest não queria ser escalado pela face sul, matando 16 de seus próprios
‘’filhos’’.
Obrigado à todos os amigos e
familiares que torceram, sofreram e viveram mesmo que de longe a magia do
Everest. Um agradecimento especial à empresa Grade6 que confia em meu trabalho
e viabilizou essa experiência magnífica.
|
Distribuindo presentes para as crianças |
Essse texto é dedicado á todos os
sherpas mortos nessa temporada sombria de 2014, especialmente aos 3 sherpas que
tive o prazer de conviver por um curto período de tempo, que Chomolangma os
abrace e olhem por nós aí de cima. Namastê!
Para os verdadeiros heróis:
·
Ankaji Sherpa
·
Tenzing Sherpa
·
Asman Gurung
Boas Escaladas!
Lucas Sato